sábado, 11 de abril de 2009

RELAÇÕES



Como é difícil o término de uma relação.
Você se dedica à outra pessoa, faz planos, sonhos, até que chega àquela hora em que não dá mais. O fim sempre é difícil. O que dizer nessas horas? Mentiras e verdades se misturam ao que se sente e ao que se diz. Falar o que o outro não quer ouvir, ou ouvir o que o outro tem a dizer é tenso, é cruel... Um tenta explicar o que o outro já sabe ou não quer saber.

Eles geralmente dizem:
- Me escuta primeiro, por que você não tenta me entender? Eu sempre sinto que você nunca me entende. Você é uma mulher linda, inteligente, merece alguém melhor do que eu.

Elas:
- Olha, eu andei pensando muito sobre nós nesses últimos meses e cheguei a conclusão de que não dá mais. Não é nada com você sabe, mas acabou, o que eu sentia acabou, mas eu acho que podemos ser amigos.

Mas não vem ao caso agora quem deu o “fora”. A questão aqui é a dor causada pela separação. Depois de muitas verdades ácidas e mentiras doces, como se convencer de que acabou? Como criar uma ponte entre o abismo do sofrimento e a saudade de quem ainda ama?
É tão complicado falar sobre as DRs, especialmente numa situação dessas, em que o amor torna-se unilateral. Um sempre vai sofrer mais do que o outro. Mas que graça teria o amor se tudo fosse só flores? Que tesão teria o relacionamento sem a sensação de conquistar ou ser conquistado todos os dias?
Descobrir uma nova forma de amar, até pela pessoa que você acaba de terminar é muito prazeroso, é excitante... Inventar amores, perder o controle, fingir solidez, vai trazer sempre a sensação de que tem alguém esperando por você, aqui, ali ou em qualquer esquina. Pode ser um novo ou um velho amor, mas sempre terá alguém para ou por você, não precisa você se entregar ao medo da solidão.

“Porque também nas lágrimas de amor há, como nas de saudade, uma doce amargura, que é veneno que não mata, por vir sempre temperado com o reativo da esperança.”

(Joaquim M. de Macedo, A Moreninha)

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