sábado, 20 de junho de 2009

AO RECONCAVO

Foto da Igreja principal e o coreto logo atrás



“Seu moço eu venho de longe, não sei onde vou chegar. Não tenho medo de seguir, mas tenho medo de voltar. Quando a ida não é boa, a volta não pode prestar. Não tenho medo de seguir, mas morro de medo de voltar”...


Foi ouvindo essa música da Ivete Sangalo, que me veio às lembranças da minha viagem ao Recôncavo, exatamente em Conceição do Almeida. Encontrar, reencontrar e deixar coisas e pessoas para trás nem sempre é uma coisa muito simples. E mais difícil e complicado ainda, é continuar o reencontro de onde exatamente ele foi interrompido. Foram exatos oito dias... Oito dias para reencontrar, recomeçar e encontrar. Uma loucura incrível em uma cidadezinha de mais ou menos 19 mil habitantes, onde as luzes verdes do coreto é a principal atração. Ainda consegui consumir um sorvete Kibon, mas nada se compara a ornamentação do restaurante em pleno dia dos namorados, e um forró regado ao som de “Stevie Wonder” do Recôncavo. [risos] Muitas risadas foram distribuídas e muitos valores atribuídos. Incrível descobrir depois de uma viagem como essa, que boas amizades sempre valem à pena, mesmo que distantes. Incrível descobrir que todas as famílias são iguais muda-se só o endereço. Incrível descobrir que todo mundo faz parte de um “planeta B612”¹ onde existem rosas que merecem sempre atenção e cuidado, raposas que nos faz enxergar com os olhos do coração, cobras que nos faz ter forças pra vencer os nossos medos, vulcões que estão sempre prontos a entrar em erupção, estrelas que sempre brilharão para e por nós, aviadores que sempre nos aconselharão a seguir o caminho mais prudente e longo, mesmo quando queremos pegar o mais perigoso e curto, redomas de vidro onde costumamos nos esconder, e por aí vai...
Além do coreto, também tinha a pracinha, o beco do zé coni, a caixa d’agua e a torre da claro. O Iraque, a estação e o trailler do faustão. Esses foram alguns pontos turísticos que realmente me chamaram atenção. [risos] Mas a questão aqui nem são os pontos turísticos, mas sim a dificuldade do reencontro e o aperto na hora de dizer adeus. Creio que não sou a única a sofrer com isso, mas nem tudo pode ser a “nossa maneira”, se é que podemos dizer assim... Depois disso tudo, dos pontos turísticos aos encontros e reencontros, incrível é perceber como as trilhas sonoras, penetram em nossas vidas e acabam deixando os momentos maiores ou menores do que eles realmente são ou foram...
Para esse texto foi a trilha da Ivete. Mas, a Adriana fez a trilha dessa viagem.


E por um bom amigo, pelos encontros e reencontros, “eu faria isso Mil Vezes², “sem me importar qual seria a dimensão que trilha sonora me deixaria...


¹ Planeta do pequeno príncipe, personagem do escritor Antoine de Saint-Exupéry

² Fala do Hassan para o Amim, no filme o Caçador de Pipas (cena em que Amir vence o campeonato de Pipas)
Um abraço a todos (Guto, Mona, Alan, Gogó do salão, Camila, Liah, meu prefeito ITO, Juci, dona Sônia, vó Marcela, Waltinho, Dan, Carlos (guinomo de jardim), vó Guiomar, tia Nice, Lula do Bar e toda família Lisboa Barreto e Demetrios Barreto sem Lisboa... risos...)

2 comentários:

  1. Adorei o texto! Vc sempre térá uma casa no Almeida.

    Ps - Vc lembrou de todos...iauaiauaiu

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  2. Pode crêr sempre bem-vinda nesta humilde Pasárgada... Onde você também deixou imensas saudades

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