O mês de julho começa, e para iniciar os “rabiscos” do referido mês, resolvi postar um texto antigo que eu escrevi há dois anos. Um texto sobre o acidente da TAM, do PAN, da morte do meu irmão... e do descaso, em que se encontrava o Brasil na época. Não mudou muita coisa nesses dois anos não, pra ser sincera não mudou nada, por isso resolvi publicar esses texto “antigo”, mas tão atual.
Terça-Feira, 17 de Julho de 2007, por volta das 19h35min, em uma padaria próximo a minha casa, escuto o Plantão (fico com medo do que vou ouvir), e de repente Willian Bonner dá a notícia sobre um avião da TAM que não consegue pousar no Aeroporto de Congonhas – São Paulo, e bate em um prédio da TAM Express. Naquele momento já era o segundo plantão e já sabia qual era a gravidade da tragédia. Um fogo imenso se espalhava no ar, correria, gritaria, bombeiros, vítimas, era o que podíamos presenciar; imunes àquela situação de desespero, diante daquele fogaréu que tomava conta do país naquele momento. Todos nós assistindo aquilo pela TV, sem poder fazer absolutamente nada, a não ser lamentar diante daquela tragédia (prevista pelo caos que se encontra o Brasil, o nosso Brasil). O Brasil do descaso, da falta de vergonha e de seriedade... Quando e onde será a próxima tragédia? Por que ficamos anestesiados diante de situações como esta? Por que não somos capazes de agir de forma mais dura, vendo tanta violência e descaso nos telejornais? Por que nos calamos diante desses fatos? Um país que vive abandonado, onde somos reféns de bandidos, onde crianças são arrastadas até a morte pelas ruas de uma cidade tão violenta? Por que não protestamos contra os políticos, afinal, eles estão lá com o meu e o seu voto? Porque não cobramos respeito, seriedade das autoridades? Será preciso acontecer mais quantas tragédias como essa para que eles parem e olhem para nós (o povo)? Será que quantos “Joãos”¹ têm que ser arrastados pelas ruas, quantas balas perdidas irão matar ainda, quantas pessoas terão que ser assassinadas de forma violenta e covarde (perdi um irmão há pouco mais de um mês assassinado de uma forma covarde), quantos aviões ainda terão que cair para que algo seja feito? Será que nos acostumamos com a morte, ou com o descaso? Será que a vida não vale mais nada? Por que não lutamos, por que não brigamos se vivemos em uma democracia? Democracia? Como democracia se somos obrigados a votar? E por sermos obrigados a votar, acabamos votando em (Calheiros, Rorizes e cia) Que país engraçado esse que chamamos de Brasil! Que engraçado mesmo, pois, diante dessa folia (do PAN) e o caos da violência, do apagão aéreo temos que apenas “relaxar e gozar”², porque viver nem sabemos mais como se faz! Pelo menos, ainda podemos fazer gestos obscenos, para expressar, e botar pra fora nossa angústia... (assessores do governo fazem, por que não podemos fazer também?)³ E diante de tanta corrupção, de tanto caos, descaso e dessa falta de respeito e seriedade com povo, temos apenas que pedir a Deus, pois, (é o único em que devemos confiar), para que conforte a família das vítimas, pois, a dor que cada um está sentindo é a pior dor que o ser humano pode sentir. Aos pais que perderam seus filhos, as esposas que perderam os maridos, aos maridos que perderam as esposas, aos amigos que perderam os outros amigos, aos irmãos, aos colegas de trabalho que perderam seus companheiros... Enfim, a cada família “desfeita” nessa tragédia, e em tantas outras que acontece nesse país da folia, do caos, deixo a minha solidariedade, o meu abraço...
Cryslley Alsan, 21/07/2007
Terça-Feira, 17 de Julho de 2007, por volta das 19h35min, em uma padaria próximo a minha casa, escuto o Plantão (fico com medo do que vou ouvir), e de repente Willian Bonner dá a notícia sobre um avião da TAM que não consegue pousar no Aeroporto de Congonhas – São Paulo, e bate em um prédio da TAM Express. Naquele momento já era o segundo plantão e já sabia qual era a gravidade da tragédia. Um fogo imenso se espalhava no ar, correria, gritaria, bombeiros, vítimas, era o que podíamos presenciar; imunes àquela situação de desespero, diante daquele fogaréu que tomava conta do país naquele momento. Todos nós assistindo aquilo pela TV, sem poder fazer absolutamente nada, a não ser lamentar diante daquela tragédia (prevista pelo caos que se encontra o Brasil, o nosso Brasil). O Brasil do descaso, da falta de vergonha e de seriedade... Quando e onde será a próxima tragédia? Por que ficamos anestesiados diante de situações como esta? Por que não somos capazes de agir de forma mais dura, vendo tanta violência e descaso nos telejornais? Por que nos calamos diante desses fatos? Um país que vive abandonado, onde somos reféns de bandidos, onde crianças são arrastadas até a morte pelas ruas de uma cidade tão violenta? Por que não protestamos contra os políticos, afinal, eles estão lá com o meu e o seu voto? Porque não cobramos respeito, seriedade das autoridades? Será preciso acontecer mais quantas tragédias como essa para que eles parem e olhem para nós (o povo)? Será que quantos “Joãos”¹ têm que ser arrastados pelas ruas, quantas balas perdidas irão matar ainda, quantas pessoas terão que ser assassinadas de forma violenta e covarde (perdi um irmão há pouco mais de um mês assassinado de uma forma covarde), quantos aviões ainda terão que cair para que algo seja feito? Será que nos acostumamos com a morte, ou com o descaso? Será que a vida não vale mais nada? Por que não lutamos, por que não brigamos se vivemos em uma democracia? Democracia? Como democracia se somos obrigados a votar? E por sermos obrigados a votar, acabamos votando em (Calheiros, Rorizes e cia) Que país engraçado esse que chamamos de Brasil! Que engraçado mesmo, pois, diante dessa folia (do PAN) e o caos da violência, do apagão aéreo temos que apenas “relaxar e gozar”², porque viver nem sabemos mais como se faz! Pelo menos, ainda podemos fazer gestos obscenos, para expressar, e botar pra fora nossa angústia... (assessores do governo fazem, por que não podemos fazer também?)³ E diante de tanta corrupção, de tanto caos, descaso e dessa falta de respeito e seriedade com povo, temos apenas que pedir a Deus, pois, (é o único em que devemos confiar), para que conforte a família das vítimas, pois, a dor que cada um está sentindo é a pior dor que o ser humano pode sentir. Aos pais que perderam seus filhos, as esposas que perderam os maridos, aos maridos que perderam as esposas, aos amigos que perderam os outros amigos, aos irmãos, aos colegas de trabalho que perderam seus companheiros... Enfim, a cada família “desfeita” nessa tragédia, e em tantas outras que acontece nesse país da folia, do caos, deixo a minha solidariedade, o meu abraço...
Cryslley Alsan, 21/07/2007
O Pedrão começa hoje. O prefeito fez uma maquiagem na cidade, que andando pelas ruas até parece que estou em outra região. Mas isso é assunto para um outro texto, na segunda-feira eu publico, falando tudo sobre esse make-up que o prefeito fez na cidade para receber os "turistas" que lotaram todos os hotéis para curtir o maior e melhor São Pedro do Brasil. Darei notícias.
Aviso aos navegantes: divirtam-se com moderação!!!
Fiquem com Deus sempre!
Bom Feriadãoooooooooooooooooooo, porque eu soh volto ao batente segunda-feira dia 06/07... Ô Mô pai, que vida boa!!!
Bjokassssssssssss a todos!!!
¹João Hélio Fernandes Vieites - O garoto ficou conhecido em todo o Brasil no dia 8 de fevereiro, após sua morte traumática na noite do dia anterior, quando o carro em que ele estava com a mãe foi assaltado. Os assaltantes arrastaram o menino preso ao cinto de segurança pelo lado de fora do veículo.
² Frase dita por Marta Suplicy
³ O assessor para Assuntos Internacionais do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, e seu assessor de imprensa, Bruno Gaspar, reagiram com gestos obscenos à notícia de que o avião da TAM tinha um defeito no reverso da turbina
Nenhum comentário:
Postar um comentário